quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Ah quem dera...

Quem dera se meus medos fossem o da noite fria, escura e calada.
Quem dera se meus medos fossem da visita inesperada do lobo faminto ou do encontro com o gado selvagem.
Quem dera se meus medos fossem apenas o da tempestade, com seus raios relâmpagos e trovões.
Quem dera se meus medos fossem apenas de encontrar pelo caminho cobras peçonhentas e que para driblá-las, precisasse aquietar e racionalizar como fazer.
Quem dera se meus medos fossem ainda o do súbito em acordar de um pesadelo horrendo... 
Ou ainda que se resumissem somente no medo do inverno rigoroso, que gera a seca e a fome de tantos...
Quem dera se todo dia, minha única fraqueza fosse a de levantar de um sono tranqüilo.
Quem dera se a solidão não fosse vista como um fantasma... E que o amor pudesse ser maior que todos os medos.
Quem dera se a minha sabedoria oculta, pudesse fazer de mim, coragem. E que fosse forte pra espantar todos os medos, e deixasse apenas a noite fria, escura e calada, o lobo faminto, o gado selvagem, a tempestade, as cobras, os pesadelos e o inverno rigoroso... deixando assim apenas a paz necessária para me abastecer. 

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