quarta-feira, 2 de maio de 2012

Música para o dia

Música é a melhor coisa da vida. Ponto. Presente em todos os momentos, esse misto de palavras, poesias, notas, rimas, instrumentos, batidas, percussões, espaços.. deixa-nos mais fortificados. Ampara como se nos desse alimento, água, sentimento... Acho que é isso mesmo: música é importante como sustância, como alimento, como necessidade fisiológica.



Fico extasiada quando percebo que uma música vira trilha sonora de um dia, que, por muitos e muitos motivos, precisa de... música. Música para aliviar, para ilustrar, para fazer companhia, para tornar esse dia que simplesmente precisa de música, ser. Quando acontece esse tipo de coisa, quando a gente acorda com música na cabeça e precisando de música meio que como terapia, o coração fica batendo ritmado, o cérebro pensa em rimas e prosas e as pernas e braços buscam coreografias...



A música habitualmente ilustradora dos momentos de hoje e de ontem em diante, deu lugar a uma nova.


arquivo pessoal
Sem variar, O Teatro Mágico entra novamente para o 'status' de momento entre eu e eu mesma. Na verdade, a trupe sempre tem a capacidade de relacionar momentos em poesia. Realidade em imaginação. Dando um ar bucólico para as coisas tão desnecessárias serem. E mais: coisas que nós mesmos buscamos conscientes ou não de tudo que nos rodeia. Coloca-nos na verdadeira capacidade de sermos maus conosco. Tipo uma coisa que sabemos que não tem para quê ser, mas, infelizmente, precisamos dela. Precisamos nos conectar a essa coisa que em nada nos aconchega. Pelo contrário: nos coloca na posição de vilão de nós mesmos.

Como para cada momento negativo tem um positivo, assim entra a trilha sonora que colore as nostalgias e traduz em poesia as malvadezas dessa vida. A poesia prevalece e nos nos prevalecemos dela. 


arquivo pessoal

À música do dia: "Cuida de Mim". Essa lindeza de música faz parte de "As Chaves da Gaveta" de Fernando Anitelli, líder de O Teatro Mágico. Esse trabalho foi construído paralelamente ao novo álbum da trupe "A Sociedade do Espetáculo". Tão interessante quanto à música, o trabalho paralelo, é o singelo toque, onde Fernando compõe uma música feminina. Coisas de Fernando, de Chico...À ela (para ouvir, link anexado):




"Pra falar a verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que sinto
Pra dizer às vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei em sou;
Você, pra mim mostrou
Que eu não sou sozinha nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você 
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesma sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, to tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu

Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinha nesse mundo...


"A Sociedade do Espetáculo" é o terceiro álbum de O Teatro Mágico e consolida os oito anos de estrada da trupe, os mais de seis milhões de downloads oficias na rede, milhões de views no Youtube, centenas de seguidores e fãs nas redes sociais e os mais de 400 mil CDs vendidos, além de DVDs ultrapassando 120 mil cópias. "As Chaves da Gaveta" é o primeiro trabalho solo de Fernando Anitelli e que ele em seu site traduz sendo "um amontoado de momentos" http://www.fernandoanitelli.mus.br/

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Escritores da Liberdade: modelo de criatividade e conhecimento científico unidos em prol da educação

O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) apresenta de forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Baseado em fatos reais, o roteiro do longa fala das dificuldades de uma jovem professora ter entre seus alunos, onde busca a oportunidade de desenvolver neles a vontade de serem mais. Os alunos em questão são adolescentes em estado de atenção e com relação direta ou indireta com gangues violentas da cidade de Los Angeles do ano de 1992, e que, de um forma ou de outra, encontram-se direcionados para a violência e o abandono educacional e consequentemente, cultural.

Ao perceber que se encontra entre a vontade de ser uma boa referência para esses adolescentes cumprindo seu papel docente e as dificuldades impostas pelos paradigmas atuais da instituição educacional que os 'acolhe', essa professora vê-se responsável pela mínima noção de aprendizado e culturalização para com seus alunos. Mais: enfrenta colégio e colegiados e consegue a vitória de ter podido fazer parte da vida de cada aluno, mostrando que são parte importante do mundo que vivem.

Colocando a história do filme para análise em base do texto "O Paradigma Educacional Emergente" (Moraes, Maria Cândida, 1997.) podemos notar claramente o roteiro de "Escritores da Liberdade" como referencial de paradigmas entre o novo e o velho. Entre compromisso e responsabilidade social, na busca de um novo paradigma para a educação.

Erin Gruwell, Hilary Swank e aturma de 1992
A professora Erin Gruwell (interpretada por Hilary Swank no filme) é um exemplo de que com conhecimento científico, criatividade e crítica - referenciais dos novos paradigmas - podem solucionar problemas que são muitas vezes vistos como dificuldades do ser humano e em questão disso, sem solução. "Escritores da Liberdade" mostra que conhecimento científico, criatividade e crítica, são estratégias fundamentais para a adoção de um novo modelo de construção de conhecimento.

Paradigma - mais que teoria, gerador de teorias - foi importante para o processo de aprendizado tanto para a professora Erin tanto para seus alunos considerados problemáticos inclusive por eles mesmo. Morin, nos mostra que "as mudanças paradigmáticas convivem, simultaneamente, com outras experiências, teorias, outros conceitos ou fenômenos recalcitrantes que não se ajustam facilmente ao paradigma vigente".

No texto a autora  exemplifica o conceito de paradigma: "Quais foram os aspectos fundamentais desse paradigma científico, que muito influenciaram as ciências sociais emergentes? (...) podemos observar duas distinções fundamentais: a primeira refere-se à separação entre o conhecimento científico e o conhecimento proveniente do senso comum; e a segunda refere-se à separação existente entre a natureza e a pessoa humana.". Talvez seja essa a argumentação que a professora Erin se baseou quando recebeu tantas respostas negativas aos seus pedidos de auxílio quanto às dificuldades que percebeu ter em frente aos seus alunos considerados pelo colegiado como jovens sem futuro.

E se a professora Erin não tivesse a percepção que era de um novo paradigma educacional de que seus alunos precisavam? Se essa professora não percebesse que as experiências que seus alunos adolescentes tiveram não possibilitava sequer um presente quanto mais um futuro, suas condições os levaria ao extremo nada, onde estariam adormecidos pelo sistema e pelos velhos paradigmas.

"(...) a ciência moderna não reconhecia as evidências de nossa experiência imediata, que estava na base do conhecimento comum, considerando-as ilusórias. Por outro lado, a ciência moderna reconhecia a total separação entre a natureza e o ser humano. Este era o senhor e o possuidor da natureza, ao passo que aquela era apenas extensão e movimento, passiva, eterna e reversível, passível de ser desmontada para ser mais bem observada e relacionada com as leis matemáticas".

Em outro momento a autora fala de Santos (1988), onde "a nova racionalidade científica, sendo um modelo global, era também um paradigma totalitário na medida em que negava o caráter racional e todas as formas de conhecimento que não rezavam pela mesma cartilha epistemológica e pelas regras metodológicas. Esta seria a sua característica principal e simbolizava a ruptura no novo paradigma com os que o precederam".

Erin deve ter percebido que a ciência moderna necessitava de um estudo da natureza para que fosse estudado a sociedade. Erin e muitos outros profissionais de educação, inclusive do Brasil - onde enfrentam tantas dificuldades tanto nas formas de aprendizagem, quanto nas péssimas estruturas em sala de aula, além de ter em seus diários, alunos com elevados graus de problemática - questionam-se a cada não que não os permitem realizar de forma efetiva a educação num mundo cada vez mais tomado pela violência em todos os seus significados.

Por fim, "reducionismo e holismo, análise e síntese, linear e não-linear, indução e dedução, observador e observado, sujeito e objeto são aspectos complementares, dois lados de uma mesma moeda, que, quando interagem de forma equilibrada, permitem-nos chegar a um conhecimento mais profundo e mais completo do mundo e da vida". Mais do que conhecimento científico, criatividade e crítica, o que determinou fundamentalmente para que a professora Erin tivesse êxito entre seus alunos 'problemáticos' e fosse tema para roteiro de filme estrelado por atriz de Hollywood, foi o amor. Esse foi o ponto determinante e que faz daqueles que dedicam cada dia de seu trabalho do ofício que escolheram, profissionais de qualidade e respeito. O resultado não podia ser diferente.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Novo ano novo


arquivo pessoal
Ouvi dizer que não é bom viver de expectativas. Que é melhor pensar no futuro sem planejá-lo... Difícil. Das pouquissímas vezes que pouco consegui, aprendi que parece ser mais vivo... como se cada momento é terno e feliz, mesmo quando as coisas que pra gente são boas não caminham exatamente como acabaram sendo. E por que? Porque o danado do egoísmo não estava ali presente. No presente.

Assim, quero um Ano Novo cheio de risadas, abraços apertados, sorrisos de pensamentos, viagens, viagem, serra, praia, fazenda, rock, reggae, beijo na boca, aperto de mão, andar de mãos dadas, bicho, natureza, mãe, irmão, pai, de coisa engraçada, de gente engraçada, de causo e história, de cerveja com amigos e só com as amigas, de flerte, amor, sexo, trabalho, reconhecimento, de conversa jogada  fora no quintal, de rodas de violão na sacada, de observar a chuva, e o rio e o mar e a nova cachoeira, de trilhas, aventura, de sentar e observar pela janela..., de carinho, loucuras, felicidade, de sentir o coração sair pela boca, de lazanha de salmão, de encontros, de poesia, de música, amor e amizade de verdade, ... de coisas que mexem com o coração e a alma... enfim, das coisas boas da vida da gente! Porque presente é presente! E não tem esse nome em vão...

arquivo pessoal

Portanto, sendo assim, nem quero saber como vai ser esse tal de futuro. Só sei que desejo que 2012 seja repleto de tudo aquilo que eu sempre fiz no passado e que sempre me fez e faz muito feliz. Quero um ano cheio de graças, de amor, respeito, paz, amor e amizade. Cheio de saúde, de prosperidade, de riqueza de vida. Cheio de presente. 
A mim, a todos, a nós: Leveza!