Com mais de 220 colaboradores
diretos na fábrica, 30 revendas e 45 lojas em todo o país, a Valmont Brasil
através da marca Valley transforma trabalho duro em paixão por irrigação. A
vontade e o orgulho do grupo, desenvolve ainda outro sentimento: o de fazerem
parte de uma mesma família: A Família Valley!
O sentimento de estar em casa é
frequentemente abordado pelos funcionários das empresas, já que ficam boa parte
de seus dias dentro delas. Essa realidade não é diferente da fábrica da Valmont
Brasil, sediada na cidade de Uberaba – MG. Amizades e negócios são feitos,
envolvidos entre pivots que saem da unidade para revendas em todo o país e
assim entregues a clientes que utilizam os equipamentos para irrigar lavouras
que alimentam muita gente.
O círculo de produção feito pela
irrigação através dos pivots Valley, funcionários, revendas, clientes e
consumidores traz um enorme sentimento de satisfação a todos. A Valmont desde
sua fusão e até antes disso, durante o funcionamento da Asbrasil criou e
consolidou entre seu quadro de funcionários grandes parcerias que vingaram em
verdadeiras paixões: por irrigar e por trabalhar na empresa que traz em sua
história, orgulho e compromisso.
Mas, para que tudo isso tenha
significado, é importante contar um pouco das histórias que unem esses
sentimentos. E começa em 1946, quando, sob a batuta de Robert Daugherty surge a
Valley Manufacturing nos Estados Unidos, mas que somente oito anos depois, a empresa
fabrica os primeiros pivots centrais quando em 1954, Frank Zybach licencia a
patente à empresa. Concidentemente, nesse mesmo ano a Asbrasil nasce no Brasil
produzindo tubos e conexões para irrigação convencional.
As coincidências não param por ai. Em
1975, enquanto a Valmont lança o Corner, a Asbrasil começa a fabricar os
primeiros auto propelidos. De longe os americanos observavam a fábrica
brasileira e em 1978 firmam parceria, criando a Valmatic. Um ano após, são
instalados os primeiros pivots no Brasil, na região de Brotas – SP. Em 1989, a
fábrica sai de São Bernardo do Campo – SP e instala-se em Uberaba. E oito anos
depois novamente, a Valmont funde com a então Asbrasil dando início a mais um
capítulo da história da irrigação.
Tempos
difíceis
Muitos dos funcionários que estão até
hoje trabalhando na empresa presenciaram todos esses acontecimentos e juntos,
fazem parte da história de sucesso e da grande família Valley. São histórias
que até então não foram contadas, mas que dão à marca a paixão por usar a
camisa Valley.
É o caso de Carlos Reiz um dos
funcionários mais antigos, com mais de 30 anos de empresa. De sua cadeira
presenciou muitos episódios que construíram a Valmont Brasil: mudanças,
incertezas, altos e baixos. “Após uma
reunião mostrando baixas, na época como Asbrasil, o chefe do grupo do qual
fazia parte disse: temos duas opções: ou vamos pra casa ou lutamos. Fui o
primeiro a dizer: prefiro lutar!”, conta emocionado. Na época com esposa e
filho pequeno se viu em desespero, mas sabia de alguma forma que se ficasse e
continuasse a trabalhar pela empresa, um futuro próspero estava por vir.
Eram tempos difíceis. A economia do
país passava por momentos delicados. Tudo levava os mais pessimistas a fechar a
empresa. A pressão era grande. “Pensava nos
outros funcionários, em suas famílias e o que teriam que enfrentar caso não
lutasse. Fiz isso por todos”. Determinado, Reiz ia todos os dias para
empresa em busca de novos clientes, que começaram a voltar e efetivar
contratos. “Isso me emociona! Devo essas
conquistas aos clientes que acreditaram não só em mim, mas na proposta da
empresa”.
Paralelo ao problema na fábrica, a
Valmont nos EUA tinha em mente abrir uma filial na América do Sul. Vendo que a
Asbrasil era uma boa parceira, os americanos esperaram os dois anos que a
empresa precisava para se reerguer e efetivou a compra. A decisão em
literalmente correr atrás do prejuízo traz para Reiz nostalgia de tempos
difíceis, mas que hoje são lembrados de certa forma prazerosos, onde só o gosto
pelo que faz, traduzisse tanto desempenho e coragem. “Graças a Deus fomos em frente. Aguentamos a pressão. Hoje a coisa mais
prazerosa é poder ver mais de 220 funcionários trabalhando, levando
tranquilidade para suas famílias”.
Foi exatamente de sua sala que Carlos
Reis firmou muitos contratos, elevando a fábrica e traçando o caminho de
conquistas que conhecemos. Aos poucos a marca Valley foi levando arco-íris para
lavouras em todo o país. Seus esforços se transformaram em méritos. “Colocar a camisa Valleu todas as manhãs, me
faz lembrar momentos difíceis da minha vida, porém muito importantes, porque
foram eles que me levaram a chegar onde cheguei”, se orgulha.
Funcionários
que se tornaram revendas
Muitas das revendedoras Valley são de
responsabilidade de ex-funcionários, que deixaram a fábrica e foram direto para
o balcão levar conhecimento e bom atendimento aos clientes. Adalmir dos Santos,
o Fumaça, é um desses. Técnico em eletrônica, sua história com irrigação começa
quando ele e a família migram do Piauí para São Paulo.
Na cidade grande trabalhava de dia e
estudava à noite. De curso em curso foi ganhando conhecimento até ver um
anúncio de emprego contratando eletricista para a Asbrasil. Se candidatou à
vaga, fez o teste e começou a trabalhar. Começou como montador e logo passou a
assistente técnico.
Observador, durante as viagens pela
empresa, Fumaça ia trocando informações com outros profissionais. Mudou-se e foi
convidado a assumir cargo em Guaíra – SP. “Coordenava
meu tempo em trabalhar na fábrica em Uberaba e dar assistência técnica”.
Foi cativando clientes e ganhando espaço dentro do setor.
Em 1992, assumiu a revenda em Guaíra.
Junto com o sócio e os direitos trabalhistas de 12 anos de trabalho, assumiu
uma dívida alta para o padrão da época e investiu no negócio. Em tempo recorde
e muito trabalho pagou o financiamento. Em 2000 separou sociedade e fundou a S
& A Irrigação com a ajuda da mulher. “Graças
ao meu braço direito, Solange, pude ter tranquilidade em cuidar da área que
mais me identifico que é o campo, enquanto ela cuida do administrativo”.
A tecnologia Valley sempre lhe chamou
a atenção. Mesmo nos tempos difíceis da empresa, Fumaça acreditou e seguiu
firme, recebendo a ajuda dos parceiros e amigos que fez dentro da empresa: “Tenho muito que agradecer aos velhos
amigos”. Ao todo são 34 anos dedicados
à irrigação, 22 como revenda. Nunca pensei em mudar de marca. Sempre acreditei
na empresa. “Vi os primeiros pivots serem instalados no Brasil, numa época que
muitos não acreditavam em irrigação”.
O piauiense que viu de perto a seca e
o desgosto do pai ao perder dinheiro nas plantações em seu estado natal migrou
para o Sudeste sem saber seu destino: o de irrigar muitas lavouras. E brinca: “Que ironia! Um nordestino trabalhar com
água”. Fascinado, vê de longe seu Piauí sendo hoje um polo de agricultura,
inaugurando a pouco tempo uma revenda Valley. “Estou ansioso para conhecer e cumprimentar meu colega durante a
convenção de Fortaleza. Quero trocar experiências”, diz entusiasmado.
A trajetória que começou nos campos
secos do Piauí e que hoje se consolida nos atendimentos e conhecimentos que
Fumaça leva a todos os clientes pode ser resumida como de sucesso ao ver alegria
em seus olhos: “Sou de uma família
humilde, mas um dia ouvi: você é bem formado, tem conhecimento e dedicação.
Você vai longe. Não tenho muita coisa, mas o que tenho devo à Valley. Toda
minha história de vida profissional foi dentro da irrigação. Isso proporcionou
a mim e à minha família aquilo que nunca tive acesso”.
Dos
jardins para os campos de lavoura do Sul
Do outro lado do país, em Porto Alegre
– RS em 1995 estava Arno Schollmeier fazendo bicos nos fins de semana, abrindo
valas em jardins enterrando mangueiras para irrigar gramados com a ajuda dos
filhos pequenos. Durante a semana buscava representações e através de uma
delas, importou aspersores escamoteáveis da Alemanha com a venda do único
carro: um Apolo 91.
Um dia foi perguntado por que não
vendia pivot central. Lembrou-se então da época em que trabalhou por pequeno
período numa revenda Valmatic. Soube que um dos sócios-proprietários da então
Asbrasil estaria na cidade nos próximos dias. Através da intervenção de um
ex-chefe que conhecia os pivots, recebeu o convite de ir a Uberaba para uma conversa.
Era início do ano de 1997 e começava a sua trajetória em meio aos pivots
centrais. “A empresa começou tão pequena
que durante o dia não tinha ninguém para atender o telefone e o fax era a única
forma de comunicação com meus fornecedores e clientes”, lembra.
O começo não foi fácil. Nascia em
Panambí – RS, ainda prematura a Pivot Sul enfrentando o maior concorrente da
época. Apesar de conhecer os clientes e o equipamento, o primeiro ano foi muito
complicado e nada foi vendido. “O cliente
daquela época, não acreditava e preferia comprar de outros estados. Só após
três anos as barreiras do bairrismo foram vencidas e vendemos cinco equipamentos”.
Mas os resultados ainda não eram bons.
Vendendo pouco, Arno mudou a estratégia: ao invés de buscar orçamentos, se
dedicou aos clientes que tinha conquistado. As vendas aumentaram
consideravelmente e sentiu a confiança que precisava para seguir adiante.
Convidou a esposa Mariane, que morava em Porto Alegre e trabalhava como
fisioterapeuta, a ajuda-lo nos negócios. “Minha
primeira providência foi passar o serviço do escritório e o caixa para as mãos
dela. E foi ai que a empresa passou a existir de verdade! O que era um sonho
passou a ser realidade”.
A rotina mudou. Nos fins de semana
sentavam planejando o futuro da empresa, tomando chimarrão. O casal participava
sempre das reuniões e das convenções da fábrica. Enquanto Arno tratava de um assunto,
Mariane se destacava tirava dúvidas com técnicos de outras revendas, discutindo
e levando suas opiniões para a diretoria.
“Aproveitei a passagem de um cavalo, que não estava encilhado e subi
nele. Só que fiquei olhando para trás, olhando para o
passado. Com a ajuda da minha esposa é que eu me virei sobre o cavalo e
passei a olhar para frente, vislumbrando um futuro”.
O crescimento não foi tão rápido
quanto pensavam. A concorrência era agressiva e desleal. Existia medo em
investir em pessoal, não podendo pagar o custo. Mas novamente a luz surgiu
depois que fizeram um curso na Fundação Dom Cabral oferecido pela Valmont. A
empresa viu que se destacava pela solidez financeira e possibilidade de
investimento no negócio. Participaram do PDRV, treinaram funcionários. “Pensávamos que com mais pessoas
iríamos trabalhar menos. E o que aconteceu foi que a empresa cresceu e de
um momento para outro triplicou, junto com as vendas e o trabalho também”.
Foi com trabalho e, sobretudo, com
garra que Arno e Mariane elevaram a Pivotsul para uma das melhores revendas
Valley, adquiriram muitas vezes pontuação prata no PDRV. São 15 anos de
trabalho, e muita dedicação que colocaram a revenda em destaque. “Trabalhar com irrigação é
sinônimo de trabalho sete dias da semana e pelo menos 15 horas por dia. Minha
esposa, parceira de todas as horas, diz que não tem roupas no armário que não
sejam uniforme. Não há tempo para trocar de roupa. Assim se precisamos ir ao
supermercado ou na padaria, vamos com a camisa Valley que para nós significa
compromisso com os nossos clientes. É nossa paixão!”.
Quando pela primeira vez viu um pivot central em 1985 através de um
folder e ficou impressionado com o tamanho do equipamento, Arno não imaginava
que 12 anos depois sua vida estaria ligada a ele. “Durante a conversa em Uberaba, viram a sua frente alguém que não tinha
nada, a não ser alguém com muita
garra e força de vontade”. A paixão por irrigar, talvez surgisse
naquele momento e anos mais tarde estaria estampada na marca que carrega todos
os dias.
Os casos
de sucessão e sucesso
Ainda que os números sejam positivos,
existe uma grande preocupação em manter uma empresa familiar. Pesquisas apontam
que as empresas familiares representam a maioria das companhias brasileiras e,
de acordo com o Sebrae, equivalem a 90% do total, por isso desempenham
importante papel no desenvolvimento do país e na formação do Produto Interno
Bruto – PIB.
Graças ao trabalho de muitos pais
brasileiros, esses números são expressivos, mas casos nos mostram que na
prática a representação deles nem sempre pode ser considerada. A sucessão
familiar nas empresas é preocupação de muitas famílias quando percebem que os
filhos não querem continuar o trabalho dos pais por acreditarem em outras
profissões ou ainda por não terem interesse pela sucessão. Muitas vezes é um
trabalho complicado, pois envolve situações de conflito e discordâncias que
magoam tanto pais quanto filhos.
Este não é o caso das revendas Valley
Pivodrip em Patos de Minas – MG e Luiz Eduardo Magalhães – BA; Pivosul em
Panambi e São Luiz Gonzaga – RS; Germek em São José do Rio Pardo – SP; Pivot em
Goiânia, Cristalina, Formosa – GO, Paracatu e Unaí – MG; e da Pivotec em Santa
Juliana, São Gotardo – MG e Rio Verde - GO. Nessas revendas toda a família
veste a camisa Valley, mostrando que todos têm não só paixão em irrigar, mas
também em continuar no rumo certo. São casos de sucesso que deixam os pais
dessas revendas orgulhosos e tranquilos quanto à continuidade de tanto trabalho
e suor.
O exemplo dessas revendas é
importante, pois, conforme estatísticas, de cada 100 empresas familiares
fundadas no Brasil e no mundo, apenas 30 sobrevivem à segunda geração, 15
empresas à terceira e quatro sobrevivem à quarta geração, ilustrando aquela
velha história: “pai rico, filho nobre e neto pobre”.
A Valmont tem cada vez mais levado em
consideração a importância das sucessões dentro das revendas Valley. Chamar a
atenção para isso é dar a cada revendedor a questão em ter o trabalho de anos,
mantido a passos fortes e determinados que os filhos têm, dinamismo da
juventude e da garra em trabalhar em nome da irrigação. São na verdade, trocas
de experiências que auxiliam no profissionalismo das duas gerações, além de
poder trabalhar em uma convivência madura e respeitada.
As chances de uma sucessão acontecer
naturalmente são poucas e o processo deve iniciar o mais cedo possível, considerando
regras e consequentemente profissionalização. Pais e filhos juntos podem
desenvolver ações de grande valia para a empresa. A figura do sucessor é muito
mais que a liderança, é a manutenção da fonte de renda para sustentar a
família, além da continuidade do sonho do empreendedor que a fundou.
Levar a cada manhã o filho para o
trabalho é o sonho de cada pai, depois de anos a fio buscando clientes, levando
assistência técnica e desenvolvendo elos que levaram cada uma das revendas
Valley a sair de um projeto e chegarem onde estão. Esse sonho não é apenas dos
pais, mas também da Valmont que se orgulha e parabeniza a todos que fazem parte
da Família Valley.
A
convenção 2014
O tema da convenção 2014 é Família
Valley e foi propositalmente pensado para homenagear homens e mulheres que
dedicam-se diariamente não apenas pela marca Valley, mas sobretudo, pela
irrigação no Brasil. São dias e dias levando conhecimento e tecnologia através
dos pivots centrais da Valmont e onde famílias inteiras no Brasil são alimentadas
durante todo o ano. Carlos Reiz resume: “De
todos os problemas que já tive o maior foi o sacrifício em ficar longe da minha
família. Fui infelizmente um pai ausente. Viajava muito. Por isso que quando o
tema da convenção foi pensado, disse que seria importante homenagear a família”.
Contentes e apaixonados pelo que fazem,
é bonito ver tantos olhos apaixonados, tantos sorrisos e algumas vezes, vozes
embargadas quando o assunto é irrigação. O orgulho e a paixão dos funcionários,
revendedores e colaboradores que participam do processo de levar pivots Valley
às lavouras brasileiras, não nos dá apenas noção do comprometimento desses que
todos os dias saem de suas casas para auxiliar na cadeia produtiva da
agricultura, mas também, o de serem todos dignos de aplausos e agradecimentos:
das famílias brasileiras para a Família Valley.
Matéria de capa publicada em Pivot Poin Brasil - dezembro de 2014
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